Acabei de ler o post http://iceteaaddict.blogspot.com/2005/04/benfiquista.html do meu primo e lembrei-me da minha última estadia num hospital.
Setembro passado fui operada a 3 cisos inclusos. Devido ao problema de ter um côndilo defeituoso o cirurgião maxilo-facial exigiu que a uma extração fosse efectuada com anestesia geral.
E lá fui eu para o Hospital Amadora-Sintra ser internada.
Sendo filha de um enfermeiro cedo descobri o que era um hospital. Tantas vezes fiz corridas de cadeiras de rodas, brincava aos médicos e aos enfermeiros com os doentes, adormecia nas camas dos utentes, brincava com as crianças da pediatria...
Para mim os hospitais não eram, e não são, campos de tortura com o são para muitas pessoas.
Mas nunca antes tinha passado uma noite num hospital. Acordei muitas vezes durante a noite e n consegui dormir nada de jeito.
Tinha chegado a hora e eu já esperava à entrada do bloco operatório tremendo de frio. É um sítio inóspito. Uma auxiliar, encontrando-me ali, tapou-me com um lençol ainda quentinho. Senti como que tinha voltado a ser pequenina e a minha mãe me aconchegava os lençois para ter "um soninho descansado". Enquanto um enfermeiro me colocava o soro um outro fez-me um carinho na cara. Uma festinha tão suave e terna acompanhado de "vai correr tudo bem, não te preocupes". Até as lágrimas me vieram aos olhos. Não sei explicar.
Escolhi como banda sonora Cat Stevens e depois ....black out.
A sensação de acordar é no mínimo complicada embora o pior seja não existir coordenação motora.
Tudo tinha corrido bem e ali estava eu com dieta à base de iogurtes líquidos.
Mas tudo isto para dizer... que tenho uma grande ternura por aquelas 2 pessoas que nunca virei a conhecer.
1 comentário:
Ao ler o teu post, só posso dizer, parafraseando-te, que (felizmente) te conheço... e tenho uma ternura muito grande por ti!
Um abraço do tamanho do mundo, priminha linda!
PS - Olha que isso de brincar aos médicos e enfermeiros tem muito que se lhe diga!!! Balha-me Deuzzzz!!! ;)
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